A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, destacou a importância crucial da comunicação social para a democracia, durante um almoço convívio com militantes. Mortágua sublinhou que a comunicação social não deve estar nas mãos de “grupos mafiosos que querem controlar a democracia”, referindo-se à recente reportagem da SIC e do Expresso que revelou a ligação do banqueiro angolano Álvaro Sobrinho ao World Opportunity Fund, principal acionista do Global Media Group.
Mariana Mortágua criticou a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) por não ter exigido justificações ao fundo para a compra do GMG, argumentando que uma simples verificação teria revelado a falta de idoneidade de Sobrinho para deter um grupo de comunicação social. Esta situação, segundo Mortágua, exemplifica um “ataque à comunicação social” que necessita de proteção urgente.
Além da questão da comunicação social, Mortágua abordou a situação dos trabalhadores por turnos em Portugal, defendendo a universalização do subsídio de refeição. A coordenadora do BE afirmou que este ano será possível garantir que todos os trabalhadores tenham acesso a este complemento salarial, destacando que cerca de 1,7 milhões de trabalhadores no setor privado ainda não têm direito a ele. Para tal, Mortágua apelou ao apoio do Partido Socialista para aprovar a proposta do Bloco de Esquerda.
A intervenção de Mariana Mortágua reflete uma preocupação com a integridade da comunicação social e os direitos dos trabalhadores, sublinhando a necessidade de medidas concretas para proteger estes setores vitais para a sociedade portuguesa. A sua posição enfatiza a importância de uma comunicação social livre e de políticas que garantam direitos laborais básicos, como o subsídio de refeição, para todos os trabalhadores.
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