Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD, anunciou recentemente a sua candidatura à Presidência da República, destacando-se por ter avançado cedo na corrida eleitoral. Em entrevista, Mendes justificou a sua decisão como uma questão de coerência, afirmando que não queria continuar a fazer comentários políticos enquanto planeava uma candidatura. Ele reconhece o risco de ter avançado tão cedo, mas vê isso como uma oportunidade para dialogar com o país, universidades, jovens e empresas.
Marques Mendes sublinha que a sua candidatura não é motivada por táticas ou sondagens, mas sim por convicções pessoais. Ele acredita que pode ser útil ao país, destacando a importância de ter experiência política para ocupar o cargo de Presidente da República. Mendes expressou a sua preocupação com a possibilidade de ter um presidente sem experiência política, referindo-se a Gouveia e Melo, que lidera nas sondagens, como um risco e uma aventura.
O candidato enfatiza a necessidade de um pacto de regeneração política para combater o divórcio entre os cidadãos e a política. Ele defende a aproximação dos partidos, especialmente os do arco da governação, para reformar as leis eleitorais e os métodos de eleição dos deputados. Mendes critica a falta de instrumentos para lidar com comportamentos inapropriados no parlamento, concordando com a ideia de criar uma comissão de integridade e ética.
Marques Mendes refuta comparações com Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que não é uma cópia de ninguém, apesar de manter uma amizade com o atual Presidente. Ele planeia manter algumas inovações, como os Conselhos de Estado mais frequentes e com maior debate, mas promete evitar comentários públicos ao promulgar leis para evitar instabilidade.
A candidatura de Mendes surge num contexto de críticas do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que considera o “frenesim” em torno das eleições presidenciais como precipitado. Raimundo sublinha a importância de o PCP ter uma voz própria nas eleições, destacando a necessidade de abordar questões económicas e sociais emergentes durante a campanha.
Com a sua candidatura, Marques Mendes procura trazer uma nova dinâmica à política portuguesa, propondo reformas e defendendo a ética e a experiência política como fundamentais para o cargo presidencial.
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